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domingo, 25 de abril de 2010

# 31

11 de abril de 2010 – Teatro Gláucio Gill - 10h/13h
dan marins, diogo liberano e natássia vello.

. primeiro ensaio depois de tudo. nos encontramos no gláucio gill. havia enviado o texto por e-mail, para que o dan e a natássia redecorassem. entreguei também uma cópia do DVD, para que lembrassem as marcas, quem sabe as intenções;

. depois de quarenta minutos de atraso o ensaio começou. a natássia havia encontrado seu texto. ou foi o dan. não sei. sei que havia apenas um texto encontrado e que eles haviam lido ele antes de vir para o ensaio. pedi que me dessem o texto e os pedi o seguinte: que fizessem uma vez, sem o texto, o passadão da peça. eles poderiam se comunicar, mas apenas com falas do texto. um jogo, uma brincadeira como na peça – esforço de repetição, de memória, de retomada;

. não fiquei no ensaio com eles, mas ao término, haviam feito dois passadões e disseram estar mais seguros de tudo, texto, marcas, etc e tal;

. conversamos um pouco sobre as intenções. depois de um tempo de distanciamento, falei com a natássia – principalmente – que sua personagem estava me parecendo por demais violentadora, alguém movido pela vingança. não me parece algo bom para o espetáculo. discutimos um pouco e o investimento agora é compreender que cada ataque que ELA destina a ELE, é como se fosse a ELA também. feri-lo também a faz doer. a morte d’ELE implica a d’ELA. algo a se maquinar;

. dan teve um ideia ótima para o início da peça. algo que durante o processo queríamos ter bancado mas que – principalmente por exigência acadêmica de duração do espetáculo (máximo de 30 minutos) – acabamos por perder. diz respeito ao processo físico de abertura da peça. dan propôs que seu personagem fizesse na abertura da peça toda a movimentação que executa durante toda a peça. em outras linhas, aprovei a ideia pedindo a ele que nos desse a TOPOGRAFIA desenhada por ELE no decorrer de toda a encenação – 30 minutos em 3 – vamos experimentar nos próximos ensaios.