\\ Pesquise no Blog

sábado, 29 de agosto de 2009

# 3

25 de agosto de 2009 - UNIRIO - Sala 600 - 10h/14h
dan marins, diogo liberano, jéssica baasch e natássia vello


. alongamento corporal junto ao trabalho vocal, conferir à voz outros lugares que não o costumeiro (a voz era usada para lembrar trechos do texto) - depois, sem usar as mãos, os dois atores tiveram que desmontar toda uma boneca russa (num esquema pas-de-deux, usando boca, cotovelo, pescoço, pés...);

. improvisação: "pelo poético, a violência dos versos, ritmos, a construção do drama que não precisa se explicar tanto, do drama que se constrói na reunião dos cacos" + dois objetivos individuais (ELE: "Disfarçar o fato de a ter matado" e ELA: "Progressivamente ir se descobrindo morta") + um dos objetivos deve vencer + a conclusão da improvisação deve prever a utilização do objeto (boneca russa). tempo para buscarem no texto alguns recursos e/ou ferramentas que os pudessem auxiliar na conquista de seu objetivo.
A improvisação foi interrompida aos 20 minutos. Surgiram falas um tanto informais, que quebravam a lógica poética de Pavlovsky e iam direto naquilo que queriam dizer. Por exemplo "Eu te perguntei primeiro". Surgiu, no início, um clima muito amigável entre os dois. Ele pergunta para Ela, "Você tá aqui, não tá?". Ela vai ficando inerte, quase sem dar resposta. "O som dos nossos corpos existe" (Som de tapa, som de beijo). Ela pergunta após isso, "Para quem?". Ela começa a exigir dele o verdadeiro do falso, somos ou fomos, simulação ou realidade. E diz: "As palavras fazem com que se esqueça tudo, por isso não falo".
. nova leitura do texto (32 minutos). Ele foi lido por NATÁSSIA. Ela foi lida por DAN. Viajamos para um território onde tudo pode ser invenção da cabeça dele, onde as coisas podem ter sido inventadas, onde ela existe sim, mas apenas dentro da cabeça dele.

. composição em duplas, 20 minutos para a preparação:

1 REVELAÇÃO
1 PITI
1 PROPOSTA DE ESPAÇO
1 REPETIÇÃO
1 DEMONSTRAÇÃO DE AFETO
USO DE 1 CADEIRA (sem encosto)

. percepção de que as dinâmicas "estranhas" ao contexto original do texto (como o caso do "piti"), acabam conferindo uma força dramática muito grande, pois deslocam o local de ação, potencializam o drama, o revelam por outros meios, outras formas.
.