31 de maio de 2010 – UFRJ – 22h/00h
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
O relatório deste ensaio está sendo escrito meses depois do ocorrido. Mas tenho as anotações feitas à mão e ao lê-las, as coisas meio que surgem novamente. É engraçado, lendo isso aqui agora, a sensação é de estar faz tempo andando em círculos. Vejamos:
Exercícios vocais; o tempo do prólogo me pareeu equivocado (engraçado como as falas tentemos outra vez se encaixa com a partitura. isso foi proposital? não me lembro...). pedi ao dan economia da tosse. eu quase quero acreditar que ele se engasgou. quase.
1º Movimento \\ Dan muito devagar, com as mãos para trás (não ao gesto cotidiano; optamos pelo estilizado, pelo estranhamento); tempo do enforcamento errado; sugiro uma fala mais incisiva para a Natássia (ainda hoje não sabemos que personagem é esse);
2º Movimento \\ Erro do Dan me abre espaço para o erro na cena (contamino-me por conta do espetáculo VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA - minha cabeça dá nós sucessivos); pontuei como era boa mão da Natássia que ficava no ar e abrir quando Dan virava contra a parede (hoje já encontramos outra coisa); neste ensaio Dan cisma em colocar as mãos atrás da cintura; texto do pai muito veloz (foi um ensaio em que tudo estava me incomodando);
3º Movimento \\ Escrevo no caderno "Vocês precisam estudar!" e defender a partitura, torná-la legível. A mesma conversa do ensaio anterior: responsabilizar-se; percebo imprecisão na partitura; é quase uma tortura e não quero ser também um torturador;
4º Movimento \\ Encaixe impreciso das partituras; Dan fala possessivo e empurra Natássia com força ao chão, escrevo Que porra é essa?! Tudo, menos essa literalidade. Tudo menos isso. As falas do quatro movimento querem significar pelos movimentos: é terrível. Escrevo não estamos improvisando...
Todo o resto do ensaio foi nesse esquema. A sensação de que os atores se acostumam e começam a tornar a coisa normal, banal, cotidiana... Não sei... Veremos o próximo ensaio, sinto-me chato.