02 de junho de 2010 – UFRJ – 22h/00h
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
semana de estreia, também escrevo esse relatório meses depois. que engraçado isso. não quero que seja sempre assim.
neste ensaio acho que ficamos mexendo com pausas. as micro pausas que mudam tudo. que me fazem clarear algum entendimento. esse texto pede isso, pede essa calma, não se pode falar de violência unicamente via velocidade e grito. ah, pavlovsky, ah...
acho que montamos o espetáculo sem se perder muito no entendimento como sendo algo explícito. mas hoje isso me falta. a partitura já dominada, tudo já bem incorporado, exceto a fala. o texto. tenho por vezes que os atores ou não compreendem ou compreendem, mas não conseguem externar. que difícil deve ser.
o que terá crescido tanto entre nós dois? alguma coisa que não entendo... alguma coisa que me faz sentir ambíguo e que me produz terror ter sentido piedade em algum momento... não posso ser piedoso comigo mesmo, nem com os atores, nem com nosso trabalho...
reflexões que escreve hoje, meses depois, mas que me fazem ver como desde lá atrás as coisas já vinham nesse sentido. e penso, devo mandar um e-mail solicitando aos meninos que entrem e leiam isso tudo. mais: marcar um ensaio com texto. para as duas últimas apresentações de nossa mini-temporada na rampa (novembro de 2010)...