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segunda-feira, 15 de julho de 2013

reencontro #1

segunda-feira, 15 de julho de 2013
sede inominável - 13h/16h
adassa martins, andrêas gatto, bel flaksman, bruno marcos, diogo liberano, flávia naves, natássia vello e thaís grechi

primeiro reencontro (mesmo contando com tantas novas presenças). hoje começamos o nosso re-processo de não dois, a partir da obra paso de dos de eduardo pavlovsky. a verdade é que não é a partir. é a obra em si, porém, não abrimos mão do nosso título. ele traz a pegada, a nossa visão sobre o texto do dramaturgo argentino.

após uma única leitura do texto (eu ouvi a leitura em português, traduzida por maria angélica keller de almeida, e fui acompanhando a versão original, em espanhol). passa rápido, mas fica. 31 minutos de leitura, mas tanta coisa incompreendida. esse texto, ainda hoje, consegue manter tantas indagações, tantas feridas abertas.

chegamos ao assunto do momento: ditadura argentina? ditadura brasileira? comissão da verdade? manifestações que estão acontecendo nesse brasil de 2013? nesse mundo de agora?

onde ecoar o drama escrito? se antes o nosso foco tinha sido a relação de horror e afeto entre dois seres humanos, um homem e uma mulher, agora, porém, nos parece difícil não acessar o viés da história. poderíamos omitir, mais uma vez - como na montagem original, por escolha do estômago - poderíamos escolher ficar no afetivo, no passional, no um a um, homem versus mulher. mas não. não. homem e mulher são homem e mulher em sociedade. é preciso entorno.

por isso, capturar o drama fora dele. na cidade, no país, no passado, no tempo, lá longe, lá fora... assim, procedimentos novos se anunciam.

após muita conversa/discussão, chegamos a um ponto: trata-se do artifício. somente a arte pode nos possibilitar essa investida na vida para além dela própria. brincar de morte, poetizar para desdobrar a nossa percepção/ação de mundo. será artificioso, para que se devolva a vida a ela própria.

parece ousadia. e talvez seja. tudo bem.

é seguir. mais uma vez (e dizer/escrever isso nunca fez tanto sentido).

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