04 de setembro de 2009 - UNIRIO - Sala 200 - 10h/13h30
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
soltos pelo espaço, a proposta era a experimentação do corpo e sua relação com o espaço e com o outro corpo ali presentes. a partir dos seguintes estímulos: VAZIO/PREENCHIMENTO; APROXIMAÇÃO/AFASTAMENTO; definição do ballet para PAS-DE-DEUX e a noção de SOBREVIVÊNCIA/SOBREVIDA.
Pas de Deux is French for "Step of Two" and is what partnering is called in ballet. By dancing with a partner the lady can jump higher, take positions she would never be able to on her own, and "float" about the stage as she is carried by her partner. A partner allows a man to extend his line and show off his strength.In pas de deux the man quite often does not stand in a balletic position or appear to be dancing at all. He can do this because the audience will almost always watch the lady, but now that you have read this I'm sure that you will watch the man as well next time you go to the ballet to see if it is really true. The man acts as a "third leg" for the lady by stabilizing, lifting, and turning her. To see a Quicktime animation of the gentleman leaning the lady back and forth to get used to working with her and then supporting and turning her to an arabesque click here. From the arabesque they could go into a promenade or one of many different lifts that start in arabesque.Four major areas of technique in pas de deux are promenades, lifts, turns, and jumps, although there are other areas as well. A promenade is when the lady takes a position on pointe and the man walks around her while holding on to her, thus making her turn. A promenade can be done in almost any position and may change positions during the course of its life. You may think that it is pretty simple to do a promenade, how hard can it be to walk around someone? However, the lady must be kept "on her leg" or on balance during the promenade, and this can be quite difficult. A lift is just what it says: The gentleman lifts the lady. The number of different lifts that can be done in ballet is almost limitless. A pair of dancers can do a "fish" where the lady is picked up from an arabesque position and folds her bottom leg up, then is swung back by the man so she makes a curve like a fish close to the ground, or they can do a présage where the lady is lifted in a similar position to the fish but to arm"s length over the gentleman"s head. These lifts are some of the most awe-inspiring moves in ballet and some of the most demanding. When doing turns with a partner it is normally the lady who does the turning, usually some sort of pirouette. When doing a normal pirouette with a partner the gentleman will be behind the lady and will stabilize her and sometimes help her to turn with his hands on her waist. By doing pirouettes this way a lady can do many more pirouettes than she would normally be able to do on her own. Jumps can be very fun, tiring, or scary depending on what kind of jump a couple is doing. Normal jumps where the lady is jumping and the gentleman is simply lifting her to make her go higher do not involve much risk, but can be tiring after a while. These jumps are normally used as a warm up in class and not performed on stage. Some of the more risky jumps would be more accurately described as catches. This would be where the lady jumps on her own into the arms of the gentleman. Probably the most dangerous of these jumps is a leap of faith; this is the jump when the lady takes off and turns in the air so that she will land on her head if the gentleman does not catch her. Such moves always bring a gasp from an audience..Tradução poética:.SOBREVIVÊNCIA/SOBREVIDA1. SobrevidaVida após um determinado limite. Estado daquele que sobrevive a outro. Vida futura, prolongamento da existência além da morte. Vida com continuação da doença2. SobrevivênciaViver para além do esperado. Situação de sobreviver livre de doençaSOBREVIVER(intransitivo)- viver depois da morte de outrem- escapar- durar- continuar a ocorrer
Foi pedido aos atores que explorassem duas lógicas de relação corporal: 1º) quando em contato deveriam se basear na noção de PAS-DE-DEUX; 2º) quando separados, explorar a noção de SOBREVIVÊNCIA/SOBREVIDA. Após esta dinâmica, trabalharam POSTURAS, retomando o que por eles havia sido experimentado, num jogo em que um fazia uma postura e o outro respondia com outra.
Trabalho a partir do texto. Cada um teria um papel: 1) defesa/respostas; 2) ataque/perguntas e; 3) formatação de uma leitura específica (do texto de Pavlovsky) a partir do embate entre 2 e 1. Ao término do ensaio, foram escritas três leituras diferentes para o texto. Seguem a seguir o resumo de cada leitura:
PRIMEIRA LEITURAUm casal de artistas que se conheceram no meio do processo criativo de uma peça. Ele era, além de ator, também espião infiltrado. Naquele momento em que se conheceram, o país passava por um momento histórico muito delicado, tendo reinvindicado dele o trabalho (coleta de informações valiosas) acima de qualquer coisa. Entram, portanto, numa relação delicada: ora ele requisita dela informações da vida, ora o que existe entre eles é a ficção da sala de ensaio. Essas parcelas se misturam até o momento em que ele a tortura até fazê-la - quase - morrer.
SEGUNDA LEITURARelação entre um homem e uma mulher e, respectivamente, entre um torturador e uma torturada. O momento em que a peça ocorre é o momento em que ele acabou de matar a mulher. A peça começa com a morte dela. Ele não está completamente vivo e ela não está completamente morta. O esforço dele é o de sobreviver ao fato de a ter matado. O dela é o de tentar manter sua existência por mais tempo. Não é um relação curta. Essa mulher foi presa e ele é o responsável pela tortura. Criou-se um mito em relação a essa mulher, por ela não dizer nada. Ele acabou se aproximando demais dela, que o repudiou. Ela inverteu o papel e passou a deter o poder. Passou a torturar o seu torturador.
TERCEIRA LEITURAEle é um investigador, interrogador, torturador... Conheceu a moça numa situação qualquer, se intriga com seus silêncios e esquivas e desconfia que ela esconde algo, por isso decide torturá-la. Acaba matanndo-a, porém. Obcecado, inventa uma relação que tenta reviver. Uma relação que não existiu necessariamente. Ele usa de seu poder para conseguir informações pessoais sobre ela, por meio da tortura.
Foi sorteada uma das histórias e os atores improvisaram uma situação antecedente. A leitura sorteada foi a primeira, do casal de artistas. Eles improvisaram uma longa cena costurada pela metalinguagem. Não se sabia se os dois estavam atuando a violência ou se a violência estava surgindo por cima da ficção em sala de ensaio. É, sem dúvida, uma leitura interessante. Essa da metalinguagem, do metateatro. Interessante que pela improvisação os dois visitaram cenas propostas pela dramaturgia. Como o primeiro encontro dos dois, que na improvisação, aconteceu como se estivessem numa sala de ensaio. Também foi interessante experimentar as respostas evasivas d'ELA e as reações d'ELE, quase sempre pautadas pelo extremo interesse em conseguir saber algo que fosse. Ela respondia com perguntas, quase sempre, ou com sorrisos, ou com respostas que em seguida ela mesma colocava em dúvida.
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