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terça-feira, 16 de novembro de 2010
# 40
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
# 39
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Últimas apresentações do ano,
Estortura \\ Por Alexandra Arakawa |
O espetáculo, que está só começando (e que a cada apresentação se desvenda um pouco mais), completa uma trajetória de apenas quinze apresentações, entre temporadas e festival. E de lá até aqui, ganhos imensos a cada espaço novo encontrado e, sobretudo, a cada espectador encontrado.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
# 38
# 37
# 36
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Tatames com lona de algodão
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
NÃO DOIS na Rampa, Lugar de Criação
NÃO DOIS \ 5, 6, 12 e 13 de nov, sex e sáb, 20h \\ PEÇA + DEBATE |
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Sobre o processo de montagem de NÃO DOIS
Começou como conclusão de uma disciplina curricular do curso de Artes Cênicas: Direção Teatral da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – no qual sou aluno. Cumpriu suas únicas três apresentações em dezembro de 2009 e realizou uma temporada em junho, na Sala Paraíso do Teatro Municipal Carlos Gomes, no Rio de Janeiro.
Partimos do texto PASO DE DOS do excelente dramaturgo argentino Eduardo Pavlovsky. O nome do espetáculo acabou se tornando NÃO DOIS, que por sua vez, surgiu de uma tradução do título em francês da peça, PAS-DE-DEUX. O “pas” em francês é uma partícula de negação e a encenação que construímos parte de um esforço para quebrar a dicotomia que se instaura sob variadas formas e nos impede de ver a complexidade da vida, de entrar em contato com ela.
Assim, esta encenação apresenta uma relação entre um homem – ELE – e uma mulher – ELA. Uma relação que chegou ao fim. Parte da vontade de investigar a possibilidade do horror e do afeto num mesmo gesto. Tem a ver com pontos de vista. Não desejamos dizer o que é e o que não é, mas sugerir, atentar para o fato de sermos sujeitos às interpretações. Atentar para o fato de que não detemos em nós sentido algum.
Encontramos no ditado popular QUEM CALA CONSENTE o mote de partida. O texto apresentava uma situação de violência entre um homem e uma mulher, entre aqueles que seriam, respectivamente, um torturador e uma torturada. Na dramaturgia, o homem exige da mulher o seu reconhecimento e ela cala. Ela tem o corpo por ele destruído, mas cala, não lhe dá seu reconhecimento. Em outras palavras, ela – apesar de calar – não consente o que lhe é exigido. Esse texto, portanto, me fez pensar na expressão “nem sempre”. E a encenação NÃO DOIS é uma tentativa de inserir dentro do ditado popular esta expressão, como se quiséssemos dizer que quem cala nem sempre consente.
Servimo-nos de improvisações buscando relações distintas entre as duas personagens. Partimos de composições físicas em primeiro plano e, depois, do encontro entre uma partitura e um texto. O processo pôde se desenvolver quando percebemos como o embate entre expressão física e verbal era rico. Como poderíamos dificultar uma leitura mais literal em troca de sugestão, em troca da requisição do público enquanto cúmplice dos fatos postos em cena.
O trabalho de construção das cenas se pautou na feitura de composições. Era solicitado aos atores que executassem uma composição na qual eles deveriam inserir todos os itens que eu havia colocado numa lista. A obrigatoriedade no cumprimento dos itens determina uma cena quase sempre muito distinta, porque exigia aos atores a soma de ingredientes por vezes extremamente dificultosos de serem somados. Eram momentos propícios para a gênese do contraditório, como costumo dizer.
Em cena, optamos por uma partitura que se repete inúmeras vezes pela dupla de atores. Ora estão juntos, ora em separado. Com variações de direção, ritmo, intenção. A partitura é o desenho dessa relação que hoje não existe mais. A partitura como tentativa de evocar pelo movimento a vida já perdida, acabada. O esforço da repetição. A tentativa de lembrar daquilo que não existe mais, mas que, no entanto, preencheu duas vidas.
Por Diogo Liberano
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Hoje tem NÃO DOIS no EncontrArte
Hoje, às 20h, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu, faremos uma apresentação de NÃO DOIS dentro do festival EncontrArte 2010. Será apenas uma apresentação. Maiores informações, consulte o site do festival: www.encontrarte.com.br.
Na semana passada, fizemos ensaios nos preparando para esta apresentação. Faremos num espaço muito maior do que o costume e para um público também muito maior. Em breve maiores informações sobre a apresentação no festival.
sábado, 17 de julho de 2010
NÃO DOIS é selecionado para o EncontrArte
NÃO DOIS foi selecionado para o Festival Encontrarte 2010. Será uma apresentação em setembro, a primeira participação do Teatro Inominável e de NÃO DOIS num festival de teatro.
Maiores informações em breve. Sobre o festival, acesse:
http://www.encontrarte.com.br
sábado, 26 de junho de 2010
Último Final de Semana
Eis que chegamos às últimas apresentações de NÃO DOIS nesta primeira temporada. E como foi interessante. Receber um público outro, se confrontar com a repetição daquele jogo que havíamos feito tão poucas vezes. Na verdade, ainda é pouco, é preciso fazer mais e mais vezes. Porém, nessas apresentações acabamos dilatando a compreensão nossa sobre o material. Eu começo a ter mais clareza do que possa ser… E isso pressupõe ainda mais trabalho.
Sobretudo, nestas apresentações, nos debatemos muito com a questão do ter que fazer sentido. Durante o processo, fomos guiados pelo movimento, simplesmente pela movimentação do corpo sem pressupor sentido. Um corpo movente sem significado. De um braço que ia e voltava, sem falar nada (e falando tudo, ao mesmo tempo). Agora, percebemos como queríamos dotar cada investida física de intencionalidade. E percebemos também, inevitavelmente, como isso não diz nada para o nosso espetáculo.
Acreditar no que não está dito, acreditar no que se pode sugerir, naquilo que se pode evocar. Acreditar no espectador também como autor do espetáculo. Abrir vias para que escreva, por meio dos corpos dos atores, a sua própria leitura do espetáculo. A sua própria leitura de mundo.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Ante…Penúltimo Final de Semana
Já estamos chegando em nosso penúltimo final de semana, em cartaz no Teatro Municipal Carlos Gomes. No entanto, cabe aqui registrar como foi incrível a última apresentação, ocorrida no domingo 13 de junho de 2010. Como um teatro da Prefeitura do Rio, também no Carlos Gomes o segundo domingo do mês integra o programa de teatro a R$ 1,00.
Ao chegar no teatro, uma fila gigantesca dobrava a esquina e seguia sem fim. Sem dúvida, a maioria dos presentes estavam ali para assistir ao espetáculo AVENIDA Q, também no Carlos Gomes, só que tendo esgotado todos os lugares, no final das contas muitos espectadores ficaram de fora. E foi quando aproveitei para divulgar o nosso espetáculo, conseguindo lotar os nossos 30 lugares e nos proporcionando um encontro incrível.
Incrível por vários aspectos. Em primeiro, porque nós desconhecíamos a totalidade daquela platéia. Segundo, tinha a sensação de que eles não tinham ido assistir ao nosso espetáculo, mas acabaram entrando para não perder a viagem. E isso fez toda a diferença, positivamente. A platéia foi tão receptiva, reagindo ao nosso espetáculo de uma forma tão inédita para mim. Não era uma platéia acostumada, eles estavam ali, duelando com o que se movia diante de seus olhos.
Ao término, propûs um pequeno debate, enfim, para ouvir, trocar, responder, questionar, buscar… E foi então que algo muito incrível aconteceu. Eu nunca tinha ouvido tanto sobre o projeto que não tivesse sido dito por pessoas envolvidas nele. Dos que permaneceram no espaço para o debate, muitos falaram e abriram questões e leituras que foram tão determinantes durante o nosso processo.
Foi realmente incrível ouvir palavras que não estão no texto, mas que foram essenciais em nosso processo. Inconsciente, consciente, espírito… As leituras e opiniões divergiam e se encontravam e era esse o jogo, bastava especular.
Deixo aqui o registro de algo muito forte que sem dúvida alguma me devolveu a força do projeto de volta. E me abriu ainda mais questões… Uma senhora disse, não sei ao certo com quais palavras, mas algo como o teatro é uma coisa muito especial, não? Não tenho dúvidas. Talvez mais certo agora, depois de ouví-la dizendo…
domingo, 13 de junho de 2010
a temporada continua…
sábado, 5 de junho de 2010
MERDA
é incrível como a arte não se acomoda. tudo já acertado, tudo sabido e, de repente, do nada, algo irrompe do que acomodado estava e sugere o novo, sugere uma outra configuração. eu fico incrível. sério mesmo. como se pode ser tão afetuoso assim? a peça vai nos recebendo e criando nela e por sobre ela mesma mais encontros. mais e mais possibilidades que se ficassem em nós seriam apenas possibilidades. mas nela, convertem-se em encontro. em realização.
eu não sei. estou montando agora esperando godot e vejo em não dois o mesmo que em godot. quero dizer, quem alcança sempre espera. e é bem assim que me sinto. estou esperando o encontro de amanhã, de hoje, desta estreia, para desbravar outros mais e outros lugares e outras intenções e outras tentativas. somos inesgotáveis. e que delícia está sendo viver isso. sem complemento. apenas viver isso. é bom. é duro. faz a gente reclamar. ser chato. inseguro. inseguro. estar instável é estar vivo e aberto ao inesperado.
esta encenação. está se descobrindo. se desautoriza. se afirma e nos coloca contra a parede e diz, foram vocês que me fizeram assim, agora sustentem a dor e a delícia de ser o que sou. ai. quanta coisa para dizer, quanta coisa para calar. quanta coisa que isso evoca. eu não queria deixar de registrar, aqui – neste espaço – como a vida acaba sendo capturada e colocada ali, no meio da sala de ensaio.
o meu trabalho é vital. e isso é o que me move. para o bem e para o mal. para além de um e de outro. através. vamos rumo ao encontro. vamos rumo de encontro. vamos rumo. vamos, apenas.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
# 35
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
# 34
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
um pouquinho mais sobre…
o que dizer sobre este espetáculo?
começou como conclusão de uma disciplina curricular do curso de Artes Cênicas: Direção Teatral da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – no qual sou aluno. cumpriu suas únicas três apresentações em dezembro de 2009 e agora volta para uma primeira temporada.
parte do texto PASO DE DOS do excelente dramaturgo argentino Eduardo Pavlovsky. o nome do espetáculo acabou se tornando NÃO DOIS, que por sua vez, surgiu de uma tradução do título em frânces da peça, PAS-DE-DEUX. o “pas” em francês é particula de negação. e a encenação que construímos parte de um esforço para quebrar a dicotomia que se instaura sob variadas formas e nos impede de ver a complexidade da vida, de entrar em contato com ela.
assim, esta encenãção apresenta uma relação entre um homem – ELE – e uma mulher – ELA. uma relação que chegou ao fim. parte da vontade de investigar a possibilidade do amor e do horror num mesmo gesto. tem a ver com pontos de vista. não desejamos dizer o que é e o que não é. mas sugerir, atentar para o fato de estarmos todos sujeitos a interpretações. atentar para o fato – sim, duro como pedra – de que não detemos em nós sentido algum.
o significado está no outro. e quando o outro acaba ou quando acabamos com o outro, eis que surge o silêncio. e o vazio. e assim o término das intensidades. da experiência de vida.
em cena, uma partitura que se repete inúmeras vezes pela dupla de atores. ora estão juntos, ora em separado. com variação de direção, ritmo, intenção. a partitura é o desenho dessa relação que hoje não existe mais. a partitura como tentativa de evocar pelo movimento a vida já perdida, acabada. o esforço da repetição.
termino essa postagem com um lindo trecho do espetáculo:
ELA Necessidade de te contar coisas, palavras que crescem quando juntos
apesar de você e de mim
apesar de nossa história sempre tão diferente, tão horrivelmente diferente
só crescem
não por você e por mim
brotam sempre palavras onde só deveria existir o grande Silêncio das gritarias
cresce a lembrança apesar dos dois
que estranho espaço teremos inventado
que às vezes não posso deixar de te falar malgrado minha vontade...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Sala Paraíso – Teatro Carlos Gomes
a convite do teatro independente – www.teatroindependente.com.br – nós, do teatro inominável, faremos a nossa primeira temporada de NÃO DOIS na sala paraíso do teatro carlos gomes. um espaço super acolhedor e especial. com uma arquitetura toda diferencial e interessante. nessa primeira temporada, que começa já no primeiro final de semana de junho e vai até o final do mês, cumpriremos oito apresentações ao todo. nos sábados de junho às 19h e aos domingos, às 17h.
seguem algumas fotos do último ensaio – #33 – já na sala paraíso.
# 33
22 de maio de 2010 – Sala Paraíso (Teatro Carlos Gomes) – 15h/18h
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
primeiro ensaio no espaço onde será nossa primeira temporada. tempo para apropriação, para descobrir como o tamanho da peça ali dentro, a intensidade das vozes, para redimensionar, fazer caber, tornar-se parte daquele lugar.
o ensaio começou com uma passada do espetáculo, que dura cerca de 35 minutos. com alguns acréscimos que acrecentaremos, acredito que a encenação ficará com uns 40 minutos de duração. mas não acrescentaremos nada até estarmos minimamente de volta ao ponto em que havíamos parado.
a passado foi boa, os meninos lembraram de quase tudo, faltando alguns movimentos e às vezes engasgando alguma fala. ficou clara a necessidade de transferir para outros lugares certos momentos da peça. após o passadão, ajustamos algumas coisas no espaço e investimos na busca de intenções e estados que precisam ser ainda mais desbravados.
sobre ELE, pedi ao dan que aumentasse o esforço da memória, do fazer lembrar. sobre ELA, pedi à natássia que investisse num movimento que antes de ser feito para atinger ELE, acaba por atingir ela própria. AFETO. num mesmo gesto.
o final do espetáculo definitivamente não funciona. para o ensaio seguinte, o qual os atores estarão sem mim, prepararei algumas indicações que lhes sirvam de mote para o desenvolvimento de um novo desfecho. que difícil tudo isso. deliciosamente difícil. quero fazer! quero ver!
# 32
08 de maio de 2010 – UNIRIO – 15h/18h
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
ensaio importantíssimo para percebermos como muito havia sido esquecido. após este ensaio, foi preciso assistir à filmagem com intuito de relembrar marcas. um esforço desmedido para não mudar tudo aquilo que não acontecia porque apenas não era lembrado.
depois de meses afastado da prática desta peça, ela hoje me parece ser outra coisa que não apenas o que é. mas tenho me privado das mudanças. quero ver primeiro pelo outro e não por mim. olhar viciado. atestar pelo outro alguma leitura sobre este trabalho. já já.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Não - Lugar
Os braços dele apertam seu pescoço, ela não consegue se soltar, o ar começa a escapar do seu pulmão, percebe sua vida se esvaindo e a única coisa que lhe resta é o milésimo de segundos entre o olho aberto e o olho fechado, entre a vida e a morte. Ainda não está morta, mas não há mais possibilidade de estar viva, ela está em suspensão, uma dádiva ou tormento, na qual vai refazer todos os seus passos até chegar ali, vai refazer sua vida, porém a sua dor. E esse momento de sobrevida ganha uma dimensão outra, não vistas pelos olhos vivos, uma dimensão que só pode ser sentida, percebida ou vivenciada por quem está nesse lugar do entre, entre a vida e a morte. Aqui o segundo vira uma eternidade de segundos, e neles ela vai reviver infinitamente a sua trajetória de morte, tentando recordar os seus passos, em silêncio, pois as palavras confundem e distorcem a realidade, e a única coisa que resta é a lembrança dos movimentos, sublinhado pelo o único som que importa: a música que nascia dos seus próprios corpos. Esse momento ecoa por toda a eternidade, numa busca da verdade, numa busca de entender onde ela perdeu o controle de sua vida, mas como nessa dimensão de sobrevida não há verdade nem mentira, ela padece. Esse milésimo de segundos é o purgatório, onde numa trajetória infinita e circular ela vai reviver a sua morte, até que finalmente seus olhos fechem.
domingo, 25 de abril de 2010
em breve... no Rio de Janeiro.
# 31
dan marins, diogo liberano e natássia vello.
sábado, 24 de abril de 2010
# 30
dan marins, diogo liberano, natássia vello, verônica machado, júlia marini e jéssica baasch.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Do inconsciente coletivo em NÃO DOIS
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Em 2010...
No mais, uma imagem para sugerir a necessidade do encontro.